Sobe para dez o número de mortos no desabamento de ponte na divisa do Tocantins com Maranhão
27/12/2024
Um trecho da ponte, com a estrutura metálica exposta, corre o risco de desmoronar. Os mergulhadores tiveram que sair do local e passar o dia fazendo buscas na superfície do rio Tocantins. Risco de desabamento no que restou de ponte no Tocantins suspende busca por desaparecidos
Reprodução
Subiu para dez o número de mortos no desabamento de uma ponte na divisa do Tocantins com o Maranhão.
Um trecho da ponte, com a estrutura metálica exposta, corre o risco de desmoronar. Os mergulhadores tiveram que sair do local e passar o dia fazendo buscas na superfície do rio Tocantins.
Ontem à noite, as equipes resgataram o corpo da auxiliar de cozinha Rosimarina da Silva Carvalho, a seis quilômetros do local do desabamento.
Hoje por volta das 20h, a Marinha confirmou que encontrou mais um corpo, próximo da ponte.
São ao todo dezoito vítimas. Uma foi resgatada com vida no dia do desastre. Dez foram localizadas mortas ao longo da semana. E sete seguem desaparecidas.
Dois dos corpos ainda estão dentro d'água, presos em uma caminhonete.
A ponte era a principal ligação do Maranhão com o Tocantins - e também essencial para os estados da região central terem acesso aos portos de Belém e São Luís.
Agora, sobraram três opções:
A mais próxima, uma travessia de balsa, a cerca de trinta quilômetros do local do acidente.
Ao sul, outra travessia de balsa, num desvio de 175 km.
A terceira opção é uma ponte, a 130 km do local do desabamento.
Nos últimos dias, estudantes e trabalhadores de Aguiarnópolis, no Tocantins, e de Estreito, no Maranhão, estão pagando cinco reais para fazer a travessia de barco. Muitos deles utilizam o trajeto várias vezes ao dia.
É o caso da médica Lorena Moura, que enfrenta a viagem para atender pacientes.
"A média de tempo de espera tá de quatro horas de Tocantinópolis a Porto Franco e de quatro horas de Porto Franco a Tocantinópolis. Então tá assim, quase impossível ficar lá esperando"
Mas os barcos não servem para o transporte pesado de mercadorias, o que já afeta o comércio e os serviços na região.
O DNIT declarou ontem que estuda liberar a passagem de veículos por cima da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, a seis quilômetros da área do desabamento. Hoje, começou a instalar uma balsa entre as duas cidades.
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